Rubrica: Viajei com o Acaso Até Aqui :#3

A culpa foi da Björk. Ouvia «Jóga» quando na lista lateral do Youtube estava o nome de Ane Brun a fazer um cover disto. Era ao vivo, em Estocolmo, na Suécia, e tratava-se da cerimónia dos Prémios Polar Music de 2010, uma espécie de Prémio Nobel da Música. Naquele ano, os premiados, escolhidos pela Academia Real Sueca da Música, foram o compositor italiano, Ennio Morricone, e aquela cantora islandesa. Em homenagem à última, Ane subiu ao palco com aquele single do álbum Homogenic (1997).

Ela vem da Noruega e o primeiro disco oficial apareceu em 2003 com Spending Time with Morgan. Desde então, já lançou outros seis de estúdio, incluindo o mais recente It All Starts with One no ano passado. Com ele está a contar uma história e a realizar o filme One. Primeiro com «Words», depois «One», «Do You Remember» compôe a terceira parte (numa Ane mais agitada) e «Worship» finaliza a película, com a ajuda do argentino-sueco José González na voz. Esta última Ane, cheia de folk, é a mesma que ouvimos em «The Dancer», retirada do álbum A Temporary Dive (2007).

 

Canta letras de Jeff Buckley e tem a mesma profundidade de Beth Gibbons ou a estranheza de P.J. Harvey. É empresária e gere a sua própria editora, a Ballon Ranger. Na universidade, além da música, estudou Direito e Espanhol. Ani DiFranco e Peter Gabriel convidaram-na para as suas respectivas tournées e ela ainda colabora no último trabalho do ex-Genesis, New Blood.
 

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