Esta rubrica será apresentada todos os sábados, e terá como tema principal a abordagem de
acontecimentos que marcaram a minha vida, a nível musical. Aventuras em
concertos, o primeiro contacto com os mais variados reprodutores de áudio, os
primeiros CD's, discos e afins.
Pretendo
basicamente abordar experiências únicas pelo qual passei, e que
possam até ser familiares a alguém.
#1 - Linkin Park (09.09.2003)
09 de
Setembro de 2003. Não vou começar muito para trás, mas sim começar por um dos
acontecimentos que mais marcaram a minha vida: a primeira experiência num concerto “a
sério”, com o meu primeiro fanatismo “a sério”.
O convite
surgiu de forma inesperada: Queres ir ver
o concerto hoje? O meu irmão arranja bilhetes de graça! Tens de estar
despachada as 19h00! – Eram 18h00. A minha oportunidade de ver finalmente
aquela banda que adorava, aquele amor platónico típico de uma adolescente de 13
anos… tudo parecia perfeito … se eu soubesse onde estava a minha mãe! Uma
adolescente de 13 anos não vai simplesmente pegar no passe do autocarro e
fazer-se à vida, enviando pelo caminho uma mensagem a dizer olha mãe, fui a um concerto, não te rales,
quando acabar vou para casa! Era a morte do artista!
Assim sendo,
percorri com a minha bicicleta cor-de-rosa possíveis locais onde a minha mãe
pudesse estar (o que era bastante vago), e lá dei com ela. Depois de alguma
insistência (muita) e “choro”, consegui o que queria: Autorização para a
realização de um sonho.
Tudo para
mim era novidade: A imensidão do Pavilhão Atlântico, o aglomerado de pessoas que,
como eu, ansiavam por este momento. Pessoas com t-shirts alusivas à Tour dos
Linkin Park (Meteora Tour), cartazes e afins, pessoas o mais “estranhas”
possível, talvez para se fazerem notar pela banda no meio daquela montanha de
gente.
Ansiosa pelo
início do espectáculo, toda eu era um misto de euforia e nervosismo, e mais
outras tantas sensações inexplicáveis.
O concerto
tem início. Chester Bennington e Mike Shinoda (!!!) entram e palco, com garra e
uma energia contagiante. Tocaram tudo o que estava à espera que tocassem: «Don’t
Stay» para abrir o apetite aos fãs, «Somewhere I Belong», «From the Inside»,
hits do álbum Meteora.
E ainda «Papercut», «Crawling», «Points
of Authority», e muitas outras. Estava a ser único, uma experiência, uma
… nem consigo descrever o que senti naquelas cerca de 2 horas de concerto. E depois
de muita interacção com o público e muitas outras músicas que levaram o público
à extratosfera, terminam a noite em grande com a explosiva «One Step Closer» : One step closer to the edge, and I’m about
to… BREAK!!!
Toda eu
tremia. Queria mais. Mas não ia haver mais. Sabe sempre a pouco.
Valeu tudo. Valeu
os quilómetros de bicicleta em busca da minha mãe. O pouco dinheiro que a minha
mãe me deu “derreteu-se” numa t-shirt (peço desculpa de não ter uma fotografia
da mesma, mas tal não foi possível).
Guardo religiosamente
o bilhete deste concerto, já gasto pelo tempo.
A melhor
experiência da minha vida, posso assegurar. Agradeço á
minha amiga Ana Lúcia por esta oportunidade.
Sei que
todos os concertos que vi dali em diante nunca tiveram o mesmo impacto que o
concerto dos Linkin Park de 2003 teve na minha vida. Inigualável.
Hoje em dia
não tenho mais curiosidade de os ver. Mas isso é outra história.
Foto da Autora da Rubrica |
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