Misty Fest 2012: CCB Recebeu Lucas Bora-Bora e Osso Vaidoso


Estava uma noite chuvosa este dia 15 de Novembro. Facto que não fez com que as pessoas deixassem de se deslocar até ao CCB para mais um dia de espectáculo no âmbito do Misty Fest: Lucas Bora-Bora e Osso Vaidoso foram os artistas.
Lucas Bora-Bora nasceu no Hawaii, e aos 24 anos vem para Portugal mostrar o que aprendeu com a televisão e com a rádio. Pouco passava das 21h10 quando sobe ao palco. Particularmente repara-se no fato azul que Lucas trazia vestido, bem como caricatos vídeos a passar no pano de fundo da banda, onde se apresentavam várias senhoras que, segundo parece, ensinavam pequenos truques de beleza.
O público mostrava-se algo reticente em receber Lucas Bora-Bora com entusiasmo mas, á medida que foram mostrando a sua música, o público começou a entrar mais na onda da música da banda.
Temas sobre amor, felicidade, desilusões, fazem o mote deste concerto. Entre uma e outra música o vocalista mostra-se algo nervoso, mas coisa que não faz questão de esconder: Toca pela primeira vez o tema «Demasiadas Coisas», e tem boa receptividade do público. Parecia que as coisas estavam a começar a aquecer, quanto mais o concerto se ia desenrolando.
Tocaram temas como «Beatriz», «Vanessa» e «Anita», esta última do seu EP Não Há Crianças em Las Vegas, disco produzido pela Optimus Discos.
Findo o concerto, agradece com um “Agradeço a vossa vida, foi … bom!”. Os músicos retiram-se do palco.
O público vai agradecendo o espectáculo, animado, com palmas demoradas, prova de que a música portuguesa continua a soar bem no ouvido.
A plateia faz agora uma pequena pausa, preparando-se para a próxima vaga de som que se aproxima: Osso Vaidoso. Osso Vaidoso tem como parte integrante Ana Deus (Ex. Ban) e Alexandre Soares (Ex. GNR). Um projecto que, ao que se entende, continua a ter pernas para andar.
Ana Deus apresentou-se de vestes negras e lenço na cabeça, característico da cantora. Alexandre dedilhou o primeiro solo de guitarra, seguindo-se o tema «Animal», com Ana Deus balançando-se ao ritmo da música.
«Elogio da Pobreza» foi outro dos temas entoados, tema este que fala sobre não ter bens materiais, mas sim bens que o dinheiro não compra: “Há coisas que são minhas, nem do dinheiro dependem”, solta Ana Deus, sempre com o seu olhar misterioso e o seu jeito bamboleante.
“A próxima é tão nova que nem tem nome. Chamamos-lhe «Fado», não?” – uma graça de Ana Deus que deu lugar a uma guitarrada acústica de Alexandre e “a voz”.
Tocam “Vénus de Peles”, uma versão dos Velvet Underground, com Ana Deus sentada numa cadeira, apreciando ela também a efusiva guitarrada de Alexandre, tal como a plateia.
Por duas ou três vezes que se retiraram de palco, voltando sempre para dar mais emoção ao público.
Guitarradas fortes, cheias de vida e de emoção, acompanhadas pela voz doce e forte de Ana Deus foram os ingredientes-chave para o sucesso deste espectáculo. Um estilo de música bastante “random” para o tipo de espectáculos a que estou acostumada mas, para verdadeiros apreciadores de Osso Vaidoso e afins, mereceram todas as palmas que lhes foram atribuídas.

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