Viajei com o Acaso Até Aqui #20

Vamos contar a história de cada um. Miguel Peixoto é o baterista e é o Mike Peixoto. Os seus pés já estiveram ao lado de outros em palco: Júlio Pereira, Lumem, Outwithanew e The Moss são alguns deles. É uma pessoa do rock, mas acabou no jazz. É formado em Educação Musical, mas já passou pela Escola de Jazz da sua cidade. Nasceu em 1979 e na sua lista de músicas também estão coisas indefinidas como músicas do mundo ou, outras também descoordenadas, como o funk.

Mais novo (tem 27 anos), está o André Sebastião nas teclas. É o André Sebastian que é um verdadeiro entendido da coisa. Já estudou piano, história da música e tem formação musical. É um diamante em bruto. E também é da cidade Invicta.

Rui Gomes ocupa-se do baixo e do contra-baixo. De intenções mais pompousas, apresenta-se como Rui Materazzi. Anda nisto há mais 25 anos e o primeiro instrumento nas suas mãos foi uma guitarra clássica. Veio ao mundo no dia da Revolução dos Cravos, mas em 1982.

Já Santo Tirso viu nasceu Daniel Alves. Foi um puto esperto. Começou a aprender sozinho como tocar guitarra. Seguiu-se a escrita do que queria dizer. Fez parte do projecto Above the Blue Carpet e agora emprestou o seu nome a este quarteto: Dan Riverman.



As semelhanças com Eddie Vedder começam na voz e terminam no cabelo e, outra vez, na voz. De corte aparado - e longe do ondulado desalinhado do líder dos Pearl Jam - Dan Riverman tem, ainda assim, algo em comum com o músico norte-americano. A idade menos avançada (30 anos contra os 48 de Eddie), e o exagerado-esforço-artíficio nas cordas vocais, que lhe fica bem.  De propósito e para evitar comparações, apresenta-se com um rosto a condizer e de barba certinha. De rouquidão com mais personalidade do que ele próprio, Dan obriga-nos a fazer viagens com ele e com as suas músicas. «Sea and the Breeze», «To Live a Dream» e «Lady Luck» são alguns pontos de partida.

Nos entretantos, volta a cruzar-se com Eddie nas letras, quando aquelas músicas espelham amores que precisam de ser corrompidos ou de perdões que nunca chegam a sê-lo. A página oficial de Facebook do grupo adianta que Cousteau, Davey Ray Moor, John Martyn, Morphine são os principais influenciadores da criatividade dos quatro. Ouvir falar pouco deles e do que andam a fazer é o lado negativo disto.


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