Segunda-feira, início de uma nova
semana e dia de Música Sazonal. Deixo o aviso prévio de que isto não é um juízo
de moral, apenas uma análise (im)parcial do contexto em que surge a rubrica
desta semana.
Ainda mal entrámos em Dezembro e já andamos a ser alvos de
um spam de Natal intenso. Os
programas e anúncios que passam na televisão, os catálogos que chegam pelo
correio, as promoções das marcas, as montras dos centros comerciais, as
iluminações de Natal nas ruas, as fotografias das árvores de Natal que os
amigos partilham nas redes sociais. Costuma-se dizer que o Natal é quando o
Homem quiser, mas o Homem, e principalmente as marcas, querem-no cada vez mais
cedo.
Dezembro é o mês em que nos esquecemos de todos os nossos
problemas durante o ano. Vivemos para o consumismo e queremos manifestar o
nosso afecto pela família e amigos através de pequenas lembranças. Estamos
sempre dispostos a dar um bocadinho mais por aquele presente que é a “cara”
daquela pessoa.
Na mais pura das inocências deixamo-nos levar pelas
fantasias do Natal, do espírito positivo da quadra e depositamos nela as nossas
esperanças. Em tempos de crise o Natal torna-se ainda mais irresistível, ou
porque há promoções muito boas para aproveitar ou porque para o ano o caso muda
de figura e este é o último ano para ter um Natal mais “à larga”.
Inspirada neste saudosismo antes de tempo, escolhi para esta
semana a música que vai inaugurar a corrida às lojas. Fica a ressalva, cuidado
com os gastos.
«Taxman» dos Beatles é a primeira canção do álbum Revolver
de 1966, um álbum que segundo os críticos marca o início de uma fase mais
radical da banda. Esta foi a primeira letra escrita por George Harrison, que andava descontente com os elevados impostos cobrados pelo governo da
altura. No entanto, como o próprio Harrison disse, é uma música actual, tanto
que entrou na setlist da sua digressão pelo Japão com Eric Clapton, em 1991.
A título de sugestão ficam aqui alguns mercados de produtos
artesanais/ecológicos/solidários um pouco por toda a cidade de Lisboa.
Façam umas boas compras, se for caso disso, que nós voltamos para a semana!
Até lá!
Até lá!
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