Anarchicks
Really?!
Chifre
7/10
Look What You Made Me Do, o EP lançado o ano passado pelas quatro miúdas já deixava antever o que aí vinha. Traduzido, o título daquele conjunto de músicas alerta: 'Olha Para O que Me Obrigaste a Fazer'. É quase como se fosse uma réplica do filme de 1997, Sei o que Fizeste no Verão Passado, cheia de subentendidos, esconderijos e muita personalidade.Really?!
Chifre
7/10
Agora, em 2013, as quatro miúdas trazem um novo enigma. Really?! ('A Sério?!'), título do álbum, lançado pela editora Chifre, parece uma pergunta retórica feita para provocar os incrédulos. Como se elas viessem questionar-se a si mesmas ou aos outros - eventualmente não convencidos quanto àquilo que Pris (aka Playgirl), Helena (aka Synthetique Red), Catarina (aka Katari) e Ana (aka JD) são capazes de fazer.
O som que sai das nove músicas do disco é feito de punk, rock, electrónica e por isso têm os sintetizadores como melhores amigos. As vozes das miúdas (ou quase mulheres, já que têm idades entre os 20 e 34 anos) parecem ter, por vezes, uma função anestésica. Não que sejam monocórdicas ou silenciosas, mas é fácil ser-se levado a pensar que o microfone está a funcionar como filtro ou como uma forma de suavizar as coisas.
«Restraining Order» é o single de apresentação do novo trabalho e merece o devido destaque, já que leva a crer ter sido feito à medida de um concerto ao vivo moldado pelo improviso. As notas positivas vão também para «New Rave» e «Siouxsie in the Box» ou ainda «Son of a Beat», que soa como se fosse cantada por Debbie Harry, cheia de fúria.
Chamam-se Anarchicks e Really?! é uma prova dos nove. Continuam miúdas ou 'chicks', nem que seja pelos vestidos com apontamentos de renda, as franjas simétricas, os cabelos rosa choque ou o baton à femme fatale. E o anarquismo também lhes fica bem. Não ficariam bem na fotografia punk se voltassem mais aprumadinhas.
Chamam-se Anarchicks e Really?! é uma prova dos nove. Continuam miúdas ou 'chicks', nem que seja pelos vestidos com apontamentos de renda, as franjas simétricas, os cabelos rosa choque ou o baton à femme fatale. E o anarquismo também lhes fica bem. Não ficariam bem na fotografia punk se voltassem mais aprumadinhas.
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